Recentemente, o BID, junto com o Prodem e a UNGS (Argentina) publicaram um estudo que levantou as necessidades e as soluções que os micro e pequenos empreendedores e os ecossistemas que os apoiam estão encontrando durante a crise do novo coronavírus. A pesquisa foi realizada na América Latina e Caribes (fora o Brasil) e contou com a participação de 19 países, 2.232 empreendedores e 429 organizações de apoio.

O relatório traz também insights para definir políticas públicas e estratégias de retomada pós-crise.

A pesquisa está na sua íntegra em anexo do nosso post, confira.

Principais destaques

  • 8 a cada 10 empreendedores relatam ter sido muito impactados já. Metade tiveram que parar de vender, outros reduziram suas atividades produtivas e observaram queda na motivação das suas equipes e sócios. 20% deles acreditam não passar o mês.
  • Negócios de tecnologia e mais dinâmicos (que conheceram um crescimento rápido) resistem melhor à crise.
  • A grande maioria dos empreendedores está se reorganizando financeiramente contando com recurso próprio ou crédito no banco. 28% ainda não sabiam como iam financiar a crise. Adequações na equipe também foram pensadas, poucos demitiram
  • A grande maioria conta com o apoio da própria equipe e familiares/amigos. A reação do ecossistema é vista por 44% como lenta e insuficiente.
  • O ecossistema por sua parte também é afetado pela crise: os dois terços das organizações tiveram que reduzir seu trabalho com empreendedores.
  • 66% passaram a desenvolver suas atividades online, principalmente através de cursos e webinários.
  • 3 grandes demandas em políticas públicas: 1/ Recursos financeiros para compensar a queda em vendas, 2/ Redução dos gastos (como impostos) para melhorar o fluxo de caixa, 3; Incentivo à demanda no mercado, principalmente para o pós-pandemia.
  • Existe diferença entre os países estudados. Uruguay e Chile são apontados como os que melhor respondem à crise.